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Foto do escritorDaniel Rodrigues Pereira

Por que usar BIM? 5 erros comuns que essa tecnologia combate

É comum defendermos o uso de uma boa prática tendo por base os benefícios que ela traz, porém é válido lembrar das consequências por vezes geradas ao ‘se abrir mão’ de tais benefícios e o que pode ser perdido quando deixamos de utilizar uma prática já consolidada no mercado.

Muitas vezes, o uso da metodologia BIM e seus processos são erroneamente associados a uma simples maquete eletrônica ou modelo 3D, limitando assim a engenharia digital a uma mera funcionalidade associada ao seu desenvolvimento, e deixando de lado um conjunto de práticas fundamentais para a correta integração e funcionamento de uma obra.

Neste artigo que teve como base um estudo de caso realizado por nossa consultoria, listamos alguns dos principais desvios apontados em projetos de Capital e Infraestrutura referentes à utilização, ou à tentativa de utilização mal sucedida do BIM.


Em nosso entendimento a elaboração de um projeto em BIM compreende a aplicação de propriedades e atributos que permitam gerar dados suficientes para a Gestão de planejamento e da engenharia, considerando recursos como extração de quantitativos, classes e famílias dos materiais.

Chuck Eastman (2014) define que BIM (Building Information Modeling) pode ser conceituado como:


(…)Um modelo de construção produzido por uma ferramenta BIM pode dar suporte a múltiplas vistas diferentes dos dados contidos dentro de um conjunto de desenhos, incluindo 2D e 3D. Um modelo pode ser descrito por seu conteúdo (quais objetos ele descreve) ou por suas capacidades (a que tipos de requisitos de informação ele pode dar suporte). A última abordagem é preferível, porque ela define o que se pode fazer com o modelo em vez de como a base de dados é construída (que varia com cada implementação). Para o propósito deste livro, definimos BIM como uma tecnologia de modelagem e um conjunto associado de processos para produzir, comunicar e analisar modelos de construção. Modelos de construção são caracterizados por:

  • Componentes de construção, que são representados com representações digitais inteligentes (objetos) que “sabem” o que eles são, e que podem ser associados com atributos (gráficos e de dados) computáveis e regras paramétricas.

  • Componentes que incluem dados que descrevem como eles se comportam,

conforme são necessários poro análises e processos de trabalho, por exemplo,

quantificação, especificação e análise energéticas.

  • Dados consistentes e não redundantes de forma que as modificações nos dados

dos componentes sejam representados em as visualizações dos componentes.

  • Dados coordenados de forma que as visualizações de um modelo sejam

representados de maneiro coordenado.

EASTMAN, C. Manual de BIM: Um Guia de modelagem da informação da construção para Arquitetos, Engenheiros, Gerentes, Construtores e Incorporadores. Tradução Cervantes Gonçalves Ayres Filho. Porto Alegre: Bookman, 2014

Ainda que as documentações de contratações em BIM e normas vigentes, orientem o nível de qualidade necessário para a aplicação dos projetos em BIM, assim como ferramentas necessárias e programações, uma série de desvios são muito comuns na elaboração de projetos em BIM.

Seguindo esse conceito, espera-se assim então que a aplicação prática do BIM tenha minimamente essas características citadas acima.

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